domingo, 30 de agosto de 2009

Linho branco

Linho branco onde me deito
bordado com fios de ternura
foi o tempo, foi a brancura
que te pôs assim macio?
Foi o gasto, foi a lonjura
de noites e noites a fio
em que tornaste a sua côr escura
em noites de desafio, a manotonia da vida, descolorida
em sonhos de desfastio
onde a imagem toma forma
povoa a solidão ao de leve
transforma o momento breve
num sono de ilusão

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Apaixonei-me pelo silêncio e a imensidão do deserto, olhei as estrelas e chorei sózinha, comigo mesma pela graça de estar viva.

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